Fico impressionado com a intensidade
de que colocamos nas coisas. Quando estamos encucados parece que nada mais tem importância,
fechamos a mente, mergulhamos naquilo. Sinto que a profundidade com que me dou
as coisas é totalmente diferente a profundidade dada por outras pessoas.
Digo
isso pelos acontecimentos atuais, mortes, literatura, observações, festas...
Parece
que, as pessoas se entregam de cabeça e focam no que é, para elas, mais
importante. Ao ler um livro, o que se busca? Imaginar a cena: o local, as personagens,
as situações... Talvez meu intelecto bloqueie totalmente essa busca. Não busco isso, busco apenas me deliciar e
entender o que se passa. Não consigo mais imaginar um quarto cheio de objetos
maravilhosos e pomposos descritos pelos autores. Consigo ver a beleza na fala,
a simplicidade ou a complexidade das pessoas, o seu desejo, o seu amor e sua
dor.
Não
que eu não me dê verdadeiramente as coisas que estou fazendo, não é isso, é só
que parece que não tenho esse pensamento obvio e destinado que é o correto a se
ter. Muitas vezes já pensei que sou totalmente dislexo por conta dessa verdade,
com esse mundo, como se fosse de uma realidade paralela, onde assisto através de
um portal ultradimensional a vida de um outro eu, de outra sociedade.
A
questão é: não sei qual a questão. Questiono-me, busco aprender, saber,
conhecer, mas parece que não é suficiente. Sei que o conhecimento é assim, mas
nesse nível? Creio que não. Talvez o problema sou eu, talvez o problema seja o
mundo, talvez não tenha problema, seja só minha forma confusa de ver e entender
as coisas.
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